Como harmonizar o vinho com os pratos de inverno

Como harmonizar o vinho com os pratos de inverno

O inverno chegou com baixas temperaturas, tornando propícios aqueles programas tradicionais da estação, que geralmente envolvem uma boa refeição. E quando o assunto é comer bem, é necessário encontrar também a melhor bebida que harmonize com os sabores que você irá degustar em sua refeição.

Os vinhos caem bem em qualquer época do ano, mas é no inverno que eles merecem destaque. Isso porque nesta temporada a atenção com a comida é ainda maior, muitas vezes com pratos típicos e que ajudam a aquecer, como sopas, risotos, massas mais pesadas, carnes e outras.

Harmonização mais adequada

Para alcançar a harmonização mais adequada é necessário avaliar o vinho, o tipo de uva, qual é o processo de vinificação utilizado em sua produção, assim como o grau de amadurecimento e envelhecimento. Existem outros fatores que também devem ser levados em consideração, pois os vinhos devem casar perfeitamente com a estrutura do prato, combinando com a intensidade de seus sabores e principalmente com seus temperos.

É essencial que um sabor não se sobreponha a outro. Mas para quem não tem experiência na escolha de vinhos, qual é melhor forma de acertar com segurança? Para apreciar melhor a gastronomia no inverno, veja algumas dicas para escolher o melhor vinho de acordo com cada prato ou situação.

Vinhos encorpados ou mais leves?

No clima mais frio o paladar fica mais ajustado a vinhos encorpados, mais estruturados e com mais tânicos. O teor alcoólico também pode ser um pouco maior, permitindo que eles sejam mais opulentos. Normalmente essas características estão relacionadas aos vinhos tintos, que possuem um sabor mais marcante. No entanto, também é possível encontrar outros tipos de vinhos com esse perfil, como os brancos, rosés, frisantes e até mesmo os espumantes, que normalmente costumam ter a conotação de mais leves e joviais.

Desta forma, muitas vezes o que determinará o sucesso da sua escolha é a combinação com os outros elementos que irão estimular seu paladar, e não apenas o vinho em si. Portanto, a não ser que você opte por beber um vinho sem acompanhamento ou como aperitivo, o mais indicado sempre será tentar combinar os elementos da refeição com os pontos fortes do vinho.

Combinando vinhos e pratos da estação

São muitos os pratos típicos da estação mais fria do ano. Entre eles estão Coq Au Vin, bacalhau, barreado, caldos, queijos, foundue, ossobuco, suflês, risotos, entre outros. Mas com características tão diversas de consistência, ingredientes e sabores, como escolher o vinho mais adequado? É necessário perceber em cada um desses pratos qual é o sabor principal, descobrindo o que se destaca e o que deve ser harmonizado com a bebida.

Os vinhos tintos mais encorpados ficam bem com carnes e massas mais pesadas. Por existirem vários tipos, é possível ter diversas opções de combinações. O tinto mais leve vai bem com carnes vermelhas fritas ou grelhadas, cozidos, frango assado, pizza e paella, no caso dos frutos do mar.

As carnes assadas e os queijos brancos, como o camembert e o brie, pedem um vinho tinto mais encorpado. Os secos e leves ainda caem bem com massas de molho suave, como macarrão ao molho bolonhesa, ou outros pratos italianos ao sugo.

O vinho branco é normalmente harmonizado com peixes e saladas. Legumes cozidos também caem bem com este tipo de vinho, mas evite combiná-los com alimentos com temperos mais fortes ou que tenham a presença marcante de carne vermelha, pois desta forma você não irá sentir os sabores em sua plenitude.

Apesar de muitas pessoas ficarem em dúvida e receosas quanto a essa combinação, os vinhos rosés também são ótimas opções para o inverno. Conhecidos por serem mais refrescantes, assim como os frisantes e espumantes, eles acompanham carnes magras grelhadas, verduras gratinadas, frango assado, charcutaria, massas italianas, tortilhas e omeletes. No entanto, não é indicado tentar combinar o rosé com peixes e mariscos.

Para a sobremesa, principalmente se for com base de frutas, um espumante mais doce – ou até mesmo o Moscatel – é uma boa pedida, enquanto um vinho do Porto, com sabores mais intensos, se dão bem com outros doces.

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No momento de comprar o vinho

Para que a sua experiência seja ainda mais positiva, você deve também escolher o melhor lugar para adquirir seus vinhos. Em supermercados é possível encontrar promoções interessantes; no entanto, é necessário ficar atento à maneira com que eles são armazenados, mesmo nas prateleiras. A luz direta sobre as garrafas pode diminuir algumas de suas características, sendo mais indicado que no momento de comprar você opte por aquelas que estão no fundo das prateleiras, que receberam menos luz.

Se você optar por uma loja física ou virtual que seja especializada na venda de vinhos, poderá contar sobretudo com o apoio de pessoas que realmente entendam do assunto e estão capacitadas para indicar quais são as melhores opções; além de disponibilizarem resenhas sobre os produtos, no caso dos e-commerces de vinho.

Escolha a taça mais adequada

Cada vinho precisa ser servido na taça mais adequada para que todas as suas notas e nuances sejam sentidas adequadamente. A Ridel, especialista mundial do assunto, tem mais de 400 taças diferentes para suprir essa necessidade – mas isso não quer dizer que todas as pessoas devam possuir uma grande quantidade de taças em suas casas para aproveitarem adequadamente suas bebidas.

Entender as características gerais do vinho e aquelas que o fazem especial é o passo mais importante para escolher a melhor taça. O vinho tinto, por exemplo, que tem sabores e aromas mais intensos, precisa de um recipiente de corpo grande para ser apreciado melhor, pois isso faz com que ele libere toda a sua potência. Esse formato, reconhecido principalmente nas taças Bordeaux e Borgonha, permite também que o vinho “dance” em segurança no momento de sentir seu aroma e analisar sua textura.

Para os vinhos brancos, é necessário que a taça tenha um corpo um pouco menor. Isto porque ele deve ser servido em temperaturas mais baixas e essas dimensões evitam que o vinho seja servido em maior quantidade e assim acabe sendo aquecido. Enquanto isso, os vinhos rosés têm uma taça ainda menor, mas com um bojo maior, pois esse tipo de vinho tem os taninos dos tintos. Já os espumantes devem ser servidos em taças “flauta”, que estimulam a borbulha da bebida por mais tempo.

Grande abraço!

Press Office

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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