A história do Ludo, um jogo milenário

A história do Ludo, um jogo milenário

A maioria de nós descobriu os jogos de tabuleiro quando era criança, e ao pensar neles, as lembranças mais comuns incluem partidas eternas junto com familiares e amigos.

Embora pensássemos que eles foram inventados em alguma data próxima a nossa infância, alguns jogos são realmente muito antigos e foram criados séculos atrás. Tal é o caso do ludo, uma prática milenar.

Apesar de que este tipo de jogo não se achava em nenhum cassino do Brasil, é uma modalidade muito difundida ao redor do mundo. Vamos conhecer mais sobre esta forma de entretenimento antiga e apaixonante.

Uma diversão milenar

Por incrível que pareça, o ludo nasceu na Índia, a meados do século VI, quando se jogava nas cavernas de Ajanta, localizadas no estado de Maharashtra.

Em aquele momento era conhecido como Pachisi e as pessoas utilizavam as paredes e o chão da gruta como tabuleiro.

O ludo fazia um enorme sucesso entre os imperadores, e agradava principalmente ao célebre Jalaluddin Muhammad Akbar, que praticava o jogo de uma forma muito particular.

Este imperador trocava as peças por mulheres do seu harém, criando uma versão viva do tabuleiro e dando interatividade ao divertimento.

Com a chegada do colonialismo, o Império Britânico levou o jogo para além do mar e introduziu a prática no Reino Unido. Muitos anos mais tarde, em 1896, o ludo foi patenteado no país inglês.

Na atualidade, essa área milenar composta de 32 grutas cheias de esculturas e pinturas rupestres virou Patrimônio Mundial da UNESCO e é uma parada obrigatória para aqueles turistas que visitam o país.

Regras do jogo

Também conhecido no Brasil como furbica, o ludo é um jogo que se compõe de um tabuleiro e 4 peões ou cavalos de diferentes cores: vermelho, azul, verde e amarelo. Pode ser jogado por até 4 pessoas.

O tabuleiro possui casas de saída para cada um dos jogadores e uma casa final. O peão não pode jamais retroceder.

O objetivo é partir de uma casa de origem ser o primeiro em chegar com 4 peões à casa final. Para atingir esta finalidade, deve-se dar a volta inteira no tabuleiro antes de que o consigam os adversários.

Para começar, cada jogador escolhe uma cor e coloca suas peças no quadrado inicial. O participante que obtiver um número mais alto ao lançar o dado iniciará o jogo.

Cada participante lança o dado para mover seu cavalo da posição inicial, mas até não conseguir lançar um 6, não poderá sair do sítio e deverá passar a vez para seu concorrente.

Uma vez que todos saíram, cada jogador movimenta suas peças de 1 a 6 lugares, dependendo do que sair no dado. Toda vez que tirar um 6, poderá mover qualquer peça que estiver em jogo e também terá direito a uma jogada adicional.

Caso o peão de algum jogador cair num quadrado já ocupado por outra peça concorrente, essa será capturada e voltará ao início do tabuleiro.

Uma vez que se completou o percurso total do tabuleiro, o cavalo terá que subir até a casa final através de uma coluna da sua cor desenhada no tabuleiro. Para conseguir ficar, o jogador deverá lançar o número exato de casas que o separam do espaço final. Se não o conseguir, poderá movimentar outras peças ou passar a sua vez.

O vencedor será o primeiro jogador que consiga colocar seus 4 peões na casa final.

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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