Maior parte das escolas não está preparada para retomada das aulas presenciais

Maior parte das escolas não está preparada para retomada das aulas presenciais

Falta de investimento tecnológico na rede pública dificulta adoção de sistema semipresencial

A maioria das escolas brasileiras assume não estar preparada para a volta às aulas em um contexto pós-pandemia, principalmente em relação à  mesclagem entre os sistemas presencial e online, que pode ser a saída proposta pelos governos dos estados, como no caso de São Paulo. Apenas 22,6% das instituições de ensino se sentem aptas para a retomada dos cursos, levando em conta a infraestrutura tecnológica oferecida aos estudantes neste período.

Isso é o que mostra a “Pesquisa Sobre Volta Às Aulas Pós-Pandemia”, realizada com profissionais de educação de todo o país pelo Instituto Crescer. O estudo aponta também que a maioria – 67,9% – afirma estar buscando investimentos para a aquisição de equipamentos que possibilitem o ensino. Os outros 9,5% descartam a possibilidade do aumento das condições de distribuição tecnológica, pois a demanda é apenas passageira.

A rede pública compõe o quadro mais crítico dessa análise. Enquanto 17,7% das instituições públicas consideram estar aptas ao retorno, 36,2% das particulares afirmam que estão preparadas para suportar o momento atual e o pós-pandemia.

Além disso, outro resultado que merece atenção é que 55,5% das instituições de ensino relataram que não há um plano para que a equipe de profissionais siga ao voltar ao expediente presencial nem uma forma de adequar-se ao “novo normal”. O dado também é mais intenso entre as escolas da rede pública, em que 53,9% não têm ideia do que vem pela frente. Já nas escolas privadas 46,8% acreditam que terão a oferta de ensino semipresencial e o rodízio entre os alunos, enquanto na pública esse número é de apenas 27,7%.

School students using hand sanitizer after entering a classroom.

Crédito: divulgação

“Poucas instituições vinham preparando seus professores e investindo em soluções de ponta no trabalho rotineiro. Quando veio a pandemia, muitas tiveram que dar o primeiro passo, ou seja, investir em tecnologias digitais e desenvolver novas habilidades em seus profissionais. Saíram na frente aquelas que já possuíam uma estrutura mais organizada e tecnologias presentes na rotina escolar”, comenta a diretora do Instituto Crescer e organizadora da pesquisa, Dra. Luciana Allan.

Para ela, há três pontos cruciais que devem ser levados em consideração neste momento: a infraestrutura do local, a formação do professor e a questão pedagógica. Luciana destaca que ainda há poucos docentes capacitados no uso da tecnologia para manter as aulas remotas de forma confortável.

De forma geral, as instituições buscam alternativas para conseguir suprir essa necessidade. Em cerca de 80,5% das instituições públicas e 72,6% das privadas, os professores ainda procuram soluções e técnicas para potencializar o ensino de forma remota.

A pesquisa foi realizada por meio de um formulário online e contou com a participação de 1.367 profissionais de instituições públicas e privadas de ensino da educação básica ao ensino superior. O período de coleta de respostas aconteceu entre os dias 22 de maio e 17 de junho de 2020.

O que é semipresencial?

O modelo semipresencial tem sido discutido entre os governantes de diversas cidades e possivelmente será o escolhido para a fase de retomada das aulas. A modalidade é, basicamente, a mesclagem entre os modelos presenciais e à distância. Nela, há os sistemas de aula digitais, com conteúdos, textos, explicações e outros materiais úteis, e, em alguns dias da semana, o aluno também deve se deslocar até a instituição para as aulas presenciais.

Grande abraço!

Press Office

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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