MUNDO DA ARTE 12 – Samba da minha terra

MUNDO DA ARTE 12 – Samba da minha terra

Por Antônio de Oliveira

Samba da minha terra

“Quem não gosta de samba bom sujeito não é”. Como não desejo carregar a pecha de mau sujeito, resolvi meter o bedelho em assunto de bambas que nasceram com o samba, no samba se criaram e do danado do samba nunca se separaram.

Segundo consta, a palavra samba viria de Angola, África, do quimbundo semba, ‘umbigada’, do umbundo samba, ‘estar animado, estar excitado’, ou do luba e outras línguas bantas, samba, ‘pular, saltar com alegria’. Compasso binário, alegre, contagiante, melodioso; sentimental, sincopado. O samba enraizou-se no Brasil, tornando-se música típica. O samba está para o Brasil assim como o fado para Portugal e o tango para os argentinos. O Brasil comemora o Dia Nacional do Samba em 2 de dezembro.

É tanto samba que temos pra dar e vender: Sambalada, sambolero, samba-canção, samba de breque, samba de matuto, samba de raiz, pagode, bossa nova, samba-batido, samba carnavalesco, samba corrido, samba de breque, samba de morro, samba de roda, samba-enredo, samba-exaltação, samba-lenço, samba-roda, samba raiado, samba de partido alto. Segundo consta, a denominação samba de partido alto viria da dignidade desse samba cultivado por minorias negras. De estilo misturado com outros tipos: samba-choro, samba-funk, samba de gafieira, samba jazz, samba-maxixe, samba rap, samba-reggae, samba-rock. Expressivo representante do sambalanço é Jorge Ben Jor, que também mistura elementos de outros estilos. Como disse Zeca Pagodinho a Jô Soares: ‘É igual, mas é diferente’. Samba-em-berlim é uma bebida preparada com cachaça e coca-cola.

Além de todas essas vertentes, o gênero samba têm algo em comum: duas opções de plural: flexionam-se os dois termos (sambas-canções, sambas-enredos, sambas-rodas) ou só ao primeiro termo se acrescenta “s”, sambas-exaltação, que servem de exaltação, e assim por diante. Também sambas-roda. Enfim, samba é, por natureza, plural: “O samba da minha terra deixa a gente mole, quando se canta todo mundo bole”.

 

Autor: O professor Antônio de Oliveira, cronista fascinante, é Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Licenciado em Letras e em Estudos Sociais pela Universidade de Itaúna; em Pedagogia e em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei. Estágio Pedagógico na França. Contato: [email protected]

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Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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