FIAT JUSTITIA

FIAT JUSTITIA

Por Antônio de Oliveira

Equidade tem a ver com igualdade, retidão, equanimidade, fraternidade. O adjetivo equânime e palavras como equiparação, paridade, por sua vez, também têm a ver com equidade. Equidade que, na sua abrangência, requer disposição para reconhecer igualmente o direito de cada pessoa. Além de disposição, sentimento de justiça avesso a um critério intransigente e estritamente legal. Do ponto de vista da justiça distributiva, obrigam-se os que são investidos de poder ou autoridade a compartilhar os ônus e as vantagens da vida social segundo os méritos e as competências de cada cidadão, ou cidadã. Esse é um ramo familiar semântico de palavras com parentesco mais ou menos próximo. Resumindo: faça-se justiça! “Fiat justitia.”

Além da impunidade das grandes para os grandes: políticos e autoridades com foro privilegiado, e endinheirados poderosos, nem sempre a sociedade se dá conta de que ela própria, manipulada, alimenta estruturas injustas. Isso acontece mediante distribuição de fortunas entre poucos, senão pouquíssimos, à custa da contribuição da maioria. É o que resulta das loterias, Mega-Sena, aviões e caminhões de prêmios para uma única pessoa. O sonho de ganhar milhões alimenta a ilusão de inúmeras pessoas, ao longo de sua vida. No entanto, pouquíssimos são os felizardos sorteados. Uma multidão de outros fica a lamber embira, na expectativa de “quem quer ser um milionário”, um filme cujo cenário é uma ambiente de pobreza, miséria e exploração, na Índia.

Lançado no Brasil em 2009, o filme gira em torno de um concurso de perguntas e respostas. Rapaz de 18 anos, Jamal Malik respondia com base em sua experiência de vida. O filme é uma versão indiana do famoso programa de TV “Quem quer ser um milionário”.

Alhures como cá, no Brasil, faltam políticas públicas. Nossos governantes não delegam poderes e se mantêm distantes do cidadão alvo de paparicos, abraços e beijos, apenas quando os candidatos vão ao encalço de votos.

Autor: O professor Antônio de Oliveira, cronista fascinante, é Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Licenciado em Letras e em Estudos Sociais pela Universidade de Itaúna; em Pedagogia e em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei. Estágio Pedagógico na França. Contato: [email protected]

Imagem: sxc.hu

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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