Sinal Verde e Meio Ambiente

Sinal Verde e Meio Ambiente

Por Antônio de Oliveira

Um jardim bem cuidado é uma sala de aula ao ar livre. Porque o verde, cor prevalente na natureza, educa, descansa a vista, tranquiliza. Siga a natureza, obedeça-lhe o ritmo. Que a natureza não dá saltos. Não é à toa que sinal verde é sinal de passagem livre, sinal aberto a travessia. Uma placa com a palavra Siga, em fundo verde, denota caminho livre. Opõe-se ao verbo Pare, ou internacional Stop.

Moro em apartamento. O prédio, felizmente, dispõe de boa área verde. Mas a minha primeira mensagem de vida está numa pequenina jardineira, de 2m por 20cm, ao nível da janela. Quando abro a janela, pela manhã, deparo logo com o verde. Verde que acaricio com uma pouca d’água. Às vezes topo com um beija-flor arisco, borboleteando entre as florezinhas em busca de néctar ou de minúsculos insetos.

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Outra cor comum na natureza é o maduro. Ou maduro não é cor? Marco Túlio Cícero, que viveu no século I antes de Cristo, escreveu um ensaio, Da velhice. “De senectute”, em latim. Um clássico tão distante no tempo e tão fecundo na atualidade. Segundo Cícero, tudo o que é feito segundo a natureza deve ser tido como bom. Ora, que coisa é mais natural do que morrer na velhice? Na mocidade, porém, é contra a natureza.

Morrer jovem é comparado por Cícero ao apagar de uma chama a poder de água; na velhice, é extinguir-se o fogo por si mesmo, sem violência. Os frutos ainda verdes não se desprendem da árvore sem emprego da força, lembra Cícero. Os frutos já maduros caem por conta própria. Assim, moços sempre morrem violentamente, como frutos ainda verdes arrancados à força; aos idosos vai-se a vida pela maturidade, após mais prolongado navegar, com terra à vista e um porto onde atracar.

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Frequentes acidentes de trânsito não têm poupado nem homens nem mulheres, nem jovens nem crianças. E as balas perdidas? E o que isso tem a ver com o meio ambiente? Antes que se dê sinal verde às ambulâncias abra-se o sinal verde à vida…

Autor: O professor Antônio de Oliveira, cronista fascinante, é Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Licenciado em Letras e em Estudos Sociais pela Universidade de Itaúna; em Pedagogia e em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei. Estágio Pedagógico na França. Contato: [email protected]

Imagem: sxc.hu

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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