Demitir com dignidade alavanca emprego melhor

Demitir com dignidade alavanca emprego melhor

Talvez um dos momentos mais difíceis das nossas vidas seja quando acontece a demissão.
Costumo dizer que é como se fosse a morte, por mais que estejamos esperando, quando acontece é um baque. Mesmo que seja por um dia, dois ou até mesmo minutos, é um baque! Alguns se recuperam rapidamente outros demoram para voltar com a auto-estima para o lugar.
Fato é que este é um assunto de suma importância e cada vez mais deveria ser levado em conta pelas corporações.
E nada melhor do que alguém que esteve, digamos, dos dois lados da moeda, para falar sobre o assunto.
Após ler o texto participe com sua opinião, seu ponto de vista.
Ele é importante para nós!
Grande abraço!

Ao demitir, seja honesto
Época Negócios – Carreira 2.0
Carlos Faccina

Sem romantismo, nenhuma empresa é obrigada a manter empregos vitalícios, ou mesmo oferecer zonas de conforto. Diante de um mercado extremamente competitivo, as mudanças são necessárias e a performance é cada vez mais caracterizada pela alta competência. Contudo, o ato de demitir talvez seja uma das decisões mais difíceis a ser tomada por um profissional na vida corporativa.
Nunca achei que demissão devesse ser uma surpresa. Ela pode ser a consequência de um processo de avaliação contínuo e de diálogo aberto entre chefe e subordinado sobre os desafios organizacionais futuros. Ao ser demitido, ao menos saber que o gato estava em cima do telhado deveria ser um fato compartilhado entre as partes. Por incompetência, ou medo de perder a motivação do funcionário até a data derradeira, os comandantes escondem as piores notícias que pegam a vítima de surpresa. Ou acabam sendo mensageiros de decisões acima de sua capacidade de influência.
Muitos filmes e piadas já listam os motivos frequentes usados por quem demite para explicar a dispensa. Subterfúgios, falsas desculpas, motivos sem fundamento são claramente percebidos pelo demitido, causando revolta, mágoa e rancor. No final das contas, por não representarem a verdade, confundem mais do que explicam.
Momento delicado, funcionário fragilizado.
Como não transformar esta situação numa agressão à autoestima do funcionário? Como fazer com que um ato que, na essência, fere os sentimentos possa ser um ponto de partida com sentido construtivo.
Quem demite tem que cuidar para que o funcionário não carregue dentro de si o pior sentimento, que é o da humilhação. Demitir de forma humana é preservar a dignidade do demitido. Preservará, assim, a sua própria.
O caminho a seguir é um só: informe o demitido de toda a verdade. Os reais motivos da demissão, quaisquer que sejam eles. As pessoas podem até sofrer mais com a verdade, mas essa postura representa, como afirmei no post “Primeira lição: a demissão”, a oportunidade de recomeçar.
Se o motivo é de performance, disciplina, dificuldade para atingir metas, problemas de relacionamento, não importa! Qualquer que seja a razão, deve ser dita com clareza e respeito. Certamente, a verdade não trará felicidade. A tristeza e a amargura devem perdurar por um tempo (veja as etapas cumpridas em post anterior), mas se a dignidade foi mantida, outros caminhos se abrirão, estou certo disso.
Eu vi e vivi os dois lados da moeda e uma coisa é certa: trate as pessoas como gostaria de se tratado.

 

Celia Spangher é Executiva de Gestão do Talento, Sócia-Diretora da Maxim Consultores
Nós Transformamos Equipes e Queremos Fazer a diferença nas Organizações.

Créditos:
www.maximconsultores.com.br
http://celiaspangher.wordpress.com
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Imagens:
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Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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1 Comment

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  1. 1
    Mulher Digital

    Olá!

    Eu concordo. A demissão deve ser feita com cautela e ética. Não se pode jogar um funcionário (agora ex) para fora como se nunca tivesse sido importante. Obviamente, não é preciso cercar de cuidados, mas apenas ser educado e direto, sem agressões verbais, sem humilhações. A demissão em si é meio humilhante.

    Por outro lado, precisa ser pensado que muitas vezes (na grande maioria talvez) quando um funcionário é mandado embora é porque ele já não é mais tão relevante para empresa devido a sua própria postura. Será que ele perdeu a própria ética que rege relações de trabalho? Raras são as exceções (de fato) que o corte é por mudanças, porque acabou o setor ou porque a culpa não é mesmo do funcionário.

    Aliás, a demissão é só resultado de um processo anterior que, muitas vezes, extremamente desgastante para a empresa, gerentes, supervisores em que o funcionário não possui tantas iniciativas mais e “morcega”. E quem não conhece um monte de gente que adora viver de emprego e seguro desemprego. Será que esse quer mesmo trabalhar com honestidade e seriedade?

    Claro que esse são apenas alguns pontos de vista. Há vários outros!

    Mulher Digital.

    http://www.mulherdigital.com

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