As Cores do Mundo

As Cores do Mundo

Por Antônio de Oliveira

O mundo é feito de inúmeras, incontáveis cores. Todas as cores do arco-íris. Íris, mensageira dos deuses, é representada com asas, pois deixava um rastro multicolorido ao atravessar os céus. Policromia. Entre o preto e o branco, quantas tonalidades! No aconchego do inverno e na estação primaveril; no verão dos turistas e no outono, com outro tom. Belos horizontes. Cores inimitáveis. “Coloridos mimosos, tenras cores.” Como seria o mundo sem cores? Sem a cor branca da neve, o preto do luto?

colorful-cores-duniverso

O amarelo do girassol, ou flor do sol, nutre-se dos raios fúlgidos do sol, quando, então, reflete a energia solar. Filha de Oceano e Tétis, Clícia apaixonara-se por Hélio, o deus do Sol. Quando este a trocou por Leucoteia, Clícia começou a definhar. Durante o dia, com suas tranças desatadas sob os ombros, Clícia não desviava seu olhar do Sol, mas, durante a noite, seu rosto se curvava, lágrimas a rolar pelo chão. Com o passar do tempo, os seus pés criaram raízes e sua face se transformou em uma flor, acompanhando a trajetória do sol, do nascente ao poente. Surgia o primeiro girassol. Surgiria, um dia, de Van Gogh, o quadro de doze girassóis numa jarra.

colorful-cores-duniverso-multicor

O vermelho do vinho, do sangue, do sinal fechado. O branco da paz. O azul do céu. “Cores do mar, festa do sol; lilás, cor do mar.” Todo o azul do mar, mar azul, azul até demais. Danúbio azul. “Mãezinha do céu… azul é teu manto, branco é teu véu.” O verde, cor da esperança, da natureza, beleza verde. “Verde, as matas no olhar… verdejantes tempos.”

“Verde-louro dessa flâmula”, cores de times de futebol, agremiações, escolas de samba. Cores natalinas. As cores apocalípticas. Roxo do Advento, da Semana Santa. O colorido da criança colorindo a vida a brincar. Cores de uma campanha política, publicitária, filantrópica, demagógica. Cores da moda. Cores de labaredas ou da água borbulhante em cascata. Tantas as cores que o pintor pinta! Efervescência de uma Times Square…

Autor: O professor Antônio de Oliveira, cronista fascinante, é Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Licenciado em Letras e em Estudos Sociais pela Universidade de Itaúna; em Pedagogia e em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei. Estágio Pedagógico na França. Contato: [email protected]

Imagens: sxc.hu

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

Sugestões de leitura

More From Author

+ There are no comments

Add yours