A História do Fusca: Herbie ou New Bettle apaixona

A História do Fusca: Herbie ou New Bettle apaixona

Devido ao grande número de visualizações do artigo Novo Fusca zero km 2011: show de design” (mais de 53.000) decidi escrever um resumo de A História do Fusca!

Tive que me conter pois são muitas informações interessantes sobre o “Bichinho” caso contrário este post poderia chegar a mais de 100 páginas!

Também pudera, são milhões de apaixonados pelo Fusca espalhados no planeta.
E mesmo quem não tem uma certa paixão pelo Fusca como eu, vai gostar deste artigo. Assim espero.

Confira!

Adolf Hitler apreciando miniatura do Fusca ao lado de seu criador Ferdinand Porsche.

A história do Fusca começou em 1934, quando no Salão de Berlim Adolf Hitler anunciou que, carro não tinha de ser um privilégio exclusivo dos ricos confiando a Ferdinand Porsche, definido por ele como “o designer mais famoso de todos os tempos“, a tarefa de construir o Volkswagen (Carro do Povo).
Inicialmente batizado de KDF-Wagen pelo Führer (condutor, guia, líder ou chefe em alemão), o Fusca também teve definido por ele várias de suas características como velocidade, consumo, preço, etc.

Hitler inspeciona o KDF-Wagen em Berlim.

Em 1936 os 3 primeiros protótipos estavam prontos (dois sedans e um cabriolet), então o governo alemão desapropriou as terras do castelo de Wolfsburg de Earl Von Schulenberg para a construção daquela que seria, e ainda é, a maior fábrica de automóveis do mundo.
Como dissemos anteriormente, o nome escolhido por Hitler para o Fusca foi KDF Wagen (Kraft durch Freude Wagen), que significa o “carro da força através da alegria”! Porsche foi contra tal nome, mas a escolha veio “dele” pessoalmente, então não havia nada a fazer.

Produção em série do Fusca.

No ano de 1938 tem início a produção e no ano seguinte o KDF-Wagen aparece oficialmente no Salão de Berlim. Na época era um carro tão moderno e revolucionário que fazia seus concorrentes parecerem nada.

Ferry Porsche ao volante do protótipo Volkswagen V2 em Tübingen, 1936.

Acontece que em setembro de 1939 a Segunda Guerra Mundial começou, e a produção civil do Beetle (Fusca em inglês) foi convertida em produção militar, o que acabou contribuindo muito para o futuro do “bichinho” pois em função da guerra passou por pesados testes que nenhum outro carro passou até hoje.
Em qualquer condição climática, do tórrido calor africano ao extremo gelo da Rússia e em qualquer tipo de terreno, na lama, na areia ou na neve o Fusca não parou mesmo, além de depender apenas de óleo e gasolina (seu motor é refrigerado a ar).

Associação do Reich com a indústria automobilística.

Durante este período, o “Kubelwagen” (carro feito como um balde), teve várias versões como o “Schwimmwagen” (carro que sabia nadar) que era capaz de atingir a “incrível” velocidade de 10Km/h na água, além de muitos outros modelos militares.
Com o fim da guerra em 1945 manteve-se apenas a terceira parte da fábrica de Wolfsburg, seriamente danificada pelos bombardeios.
Os aliados queriam demoli-la, mas graças, sobretudo, ao major Ivan Hirst mudaram de idéia e alguns anos mais tarde foi devolvida aos alemães confiando a Heinz Nordhoff a tarefa de gerenciá-la.

Propaganda nazista para o Fusca.

Nordhoff fez milagre, mesmo assim a produção teve níveis muito baixos chegando apenas a 46.000 unidades produzidas até 1949.

Porém neste período de tempo, muitas melhorias técnicas foram continuamente aplicadas sem jamais alterar a aparência original e formulação do projeto de Porsche que morreu em 1951 sem provar o doce sabor da incrível carreira que seu “besouro” estaria para conquistar a partir de 1953 quando começaram as exportações para Holanda, Dinamarca, Luxemburgo, Suécia, Bélgica, Suíça e Estados Unidos, em conjunto com a produção brasileira através da afiliada Volkswagen do Brasil.

Visão frontal da entrada da fábrica.

Em 1964 foi construída a Volkswagen do México e em 1966 outra fábrica foi inaugurada na África do Sul.
O “boom” está diretamente relacionado ao fato de que em todos os países onde o Beetle (Fusca) foi fabricado ou exportado as vendas cresceram constantemente durante anos.
Na Itália por exemplo, em 1963 foram registrados 42.000 Beetles e os Norte americanos que queriam comprá-lo tinham que esperar até 5 meses na fila.

A máquina publicitária alemã em ação.

Em 1967 a aparência do Fusca foi notavelmente modificada, o farol ficou redondo e vertical, os pára-choques quadrados e aumentaram-se as luzes traseiras.
O sistema elétrico foi ampliado e reforçado de 6 para 12 Volts.

Nos anos 1990 houve uma novidade importante, na verdade o nascimento do super New Beetle.
A partir daí até 2003 (último ano da fabricação) as alterações estruturais foram pouco notáveis, sendo que em 1993 (produzido apenas até 1996) com a volta do Fusca no Brasil do então Presidente Itamar Franco, o “bichinho” recebeu entre outras coisas catalisador, ignição eletrônica, cintos de segurança de três pontos, pára-brisa laminado e as famosas lanternas traseiras apelidadas carinhosamente de “Fafá” (em alusão a grande cantora Fafá de Belém por sua exuberância lactante), gerando um total de 47.700 unidades.

Homenagem ao Fusca – Museu de Berlim.

Dessas, 15.444.858 feitas na Alemanha, 3.350.000 feitas no Brasil, o resto mundo fora.
O último Fusca foi produzido em 2003 no braço Mexicano da Wolkswagen.
Dizem os aficcionados proprietários que tem ou já tiveram o “bichinho” que se você tratá-lo bem e amá-lo de verdade nunca te deixará na mão.

O meu nunca me deixou na mão!

Se você tiver mais alguma informação favor postar aqui para enriquecermos o artigo.

Grande abraço!

Fontes e imagens: oldclassiccar.co.uk | dhm.de  |  alexescu.wordpress.com | popartmachine.com | kaeferblog.com | einestages.spiegel.de | motorsportretro.com
sportscardigest.com | en.wikipedia.org | vwvolkswagenvolks.com

Thomas Agnus https://www.duniverso.com.br/

Autor do livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça”, lançado pela Editora Viseu. Fundei o Portal Duniverso em 2009, iniciando minha saga como escritor.
P.S.: Nem todos os artigos são de minha autoria. No final de cada um encontra-se o nome do autor.

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